São Paulo – A Tunísia obteve saldo positivo de 24,4 milhões de dinares, equivalentes a US$ 8,6 milhões pela conversão atual, na balança comercial do setor de alimentos no primeiro bimestre deste ano. Segundo dados do Ministério da Agricultura, Recursos Hídricos e Pesca tunisiano, divulgados pela Agence Tunis Afrique Presse (TAP), o superávit foi conseguido principalmente em função da queda de 2,3% das importações, causada pela diminuição dos preços internacionais de alguns alimentos.
Índice de preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) caiu 1% em fevereiro sobre janeiro, após quatro meses de alta, já reflexo do impacto do coronavírus na demanda, segundo dados divulgados pela FAO nos primeiros dias deste mês. O índice mede a variação de uma cesta de alimentos, como carnes, laticínios e açúcar.
No mesmo período do ano passado, a Tunísia teve um déficit de 91,3 milhões de dinares na sua balança comercial de alimentos, equivalentes a US$ 32,2 milhões pela conversão atual. A obtenção de superávit nos primeiros dois meses deste ano se deve também ao aumento das exportações em 16,3%.
A Tunísia gastou 953,4 milhões de dinares (US$ 336,7 milhões pela conversão atual) com importação de alimentos em janeiro e fevereiro. Caiu o valor de compras de produtos como cevada, em 25%, leite e derivados, em 2%, em função de recuo de preços dos itens adquiridos. Alguns produtos, como trigo, óleos vegetais e batatas, foram comprados em maior quantidade, mas com preços menores.
O país aumentou suas exportações em função do desempenho de produtos como azeite. As vendas internacionais do produto cresceram 29% em valor e 96% em quantidade no primeiro bimestre do ano sobre iguais meses de 2019. Produtos do mar e conservas também trouxeram mais receita de exportação para o país. Os tunisianos ainda exportaram volumes maiores de legumes frescos, tais como tomates.