São Paulo – A Randon quer expandir seus negócios no mundo árabe. A empresa, que fabrica veículos, implementos rodoviários e autopeças, busca um novo parceiro que possa produzir seus equipamentos na região.
"Tem que ser uma empresa renomada e que tenha conhecimento nessa área de implementos para transporte ou que queira aprender", destaca Erino Tonon, vice-presidente de operações da Randon.
Segundo ele, a empresa não tem um país definido para iniciar suas atividades, mas aponta duas possibilidades. "A Arábia Saudita, por causa de sua população e o tamanho de seu mercado, ou o Iraque, quando se estabilizar, porque é um mercado grande", afirma.
Entre os países árabes, a Randon já mantém produções terceirizadas de implementos para transporte no Egito e na Argélia. A empresa chegou a produzir também no Marrocos, mas as atividades naquele país foram encerradas.
De acordo com Tonon, América Latina, África e Oriente Médio são as regiões-alvo da Randon, nas quais a empresa tem grande interesse de expansão. “São nelas que temos mantido nosso esforço de venda. Queremos aumentar nossa participação nessas áreas”, destaca.
O investimento na nova fábrica deverá vir do sócio escolhido, enquanto a Randon entra com a tecnologia e os componentes para as montagens dos implementos. Segundo Tonon, esta terceira fábrica no mundo árabe não encerra os interesses de expansão da indústria na região, especialmente na África, onde, além de Egito e Argélia, a Randon mantém uma fábrica no Quênia.
"É preciso ver outros países que tenham potencial, como Nigéria, Angola e Sudão. O Sudão vai deslanchar. O país começa a ter investimentos importantes nas áreas de soja e algodão, então, podemos pensar nestes países também.
O vice-presidente da Randon diz ainda que as fábricas localizadas fora do Brasil atendem apenas aos mercados nas quais estão instaladas, não exportando para os países vizinhos.
As exportações, que são feitas a partir do Brasil, representam 20% do faturamento da empresa. Em 2011, a receita bruta da Randon foi de R$ 6,3 bilhões.