São Paulo – As exportações brasileiras de couro e peles cresceram 17% em 2011, em relação a 2010, e somaram US$ 2,05 bilhões, de acordo com informações do Centro da Indústria de Curtumes do Brasil (CICB) divulgadas nesta quarta-feira (11). No ano anterior, as receitas somaram US$ 1,74 bilhão. O avanço do faturamento foi resultado, segundo o CICB, do aumento do valor das mercadorias, e não do crescimento do volume de vendas, que caiu 2%.
O principal destino das exportações brasileiras em 2011 foi a China (com Hong Kong), que comprou 30,1% do total exportado, ou US$ 615 milhões. As compras da China foram 10% maiores do que em 2010. A Itália foi o segundo maior comprador de couro brasileiro, ao adquirir US$ 456,9 milhões (22,3% do total), seguida pelos Estados Unidos, que compraram US$ 229,48 milhões (11,2% do total).
O presidente do CICB, Wolfgang Goerlich, afirmou que as vendas ficaram dentro da estimativa do setor, mas que a crise econômica que atinge Europa e Estados Unidos deverá tornar os negócios “mais difíceis” neste ano. Ainda segundo Goerlich, o mercado interno não deverá absorver uma eventual queda nas exportações porque está saturado e porque o couro está sendo substituído por outros materiais na produção de calçados.
Embora em dezembro as receitas das exportações tenham somado US$ 161,16 milhões e mantido o mesmo patamar do mesmo mês em 2010, o CICB afirmou que no último trimestre do ano caiu a quantidade de pedidos feitos aos produtores. As receitas se mantiveram no mesmo nível de 2010 porque as exportações de dezembro eram referentes a pedidos que já haviam sido feitos.
O Rio Grande do Sul foi o principal exportador brasileiro de couro em 2011 ao enviar para o exterior o equivalente a US$ 492,23 milhões, ou 24,1% do total. São Paulo foi o segundo estado que mais exportou, com US$ 442,38 milhões (21,6% de participação), seguido por Paraná, Goiás e Ceará.