Brasília – Depois de quatro meses seguidos de resultados positivos, as contas externas do Brasil voltaram a apresentar déficit em julho. O saldo negativo em transações correntes ficou em US$ 3,404 bilhões, informou nesta quarta-feira (23) o Banco Central (BC). De janeiro a julho, o déficit ficou em US$ 2,696 bilhões, resultado bem menor do que em igual período de 2016, de US$ 12,438 bilhões.
Em junho, a balança comercial ajudou a amenizar o déficit ao apresentar superávit de US$ 3,049 bilhões. Por outro lado, a conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) apresentou resultado negativo de US$ 3,007 bilhões.
Os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 1,88 bilhão em julho, um aumento de 38% sobre o mesmo mês do ano passado. De janeiro a julho, o total chegou a US$ 10,68 bilhões, um crescimento de 35% em relação ao mesmo período de 2016.
Na outra mão, as despesas de estrangeiros no Brasil foram de US$ 440 milhões em julho, uma redução de 5,58% em comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, o valor foi de US$ 3,4 bilhões, uma queda de 3,4% sobre os sete primeiros meses de 2016.
A conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) registrou déficit de US$ 6,597 bilhões. A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) ficou positiva em US$ 144 milhões.
Investimentos
Os investimentos estrangeiros diretos (IED) no País somaram US$ 4,093 bilhões em julho, mais do que suficiente para financiar o déficit em conta corrente. No acumulado do ano, o fluxo de IED chegou a US$ 40,364 bilhões, um aumento de 18,5% sobre os sete primeiros meses de 2016.
A reservas internacionais do País chegaram a US$ 381 bilhões no final de julho, contra US$ 378 bilhões em junho. O total equivale a 31 meses de importações.
*Com informações da redação da ANBA