São Paulo – O conselho executivo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) recomendou nesta quarta-feira (05), em Paris, que a Palestina seja reconhecida como membro pleno da agência da ONU. O pedido foi feito pelo bloco dos países árabes.
Dos 58 países do conselho, 40 votaram a favor, de acordo com a agência de notícias palestina Wafa. Quatro países votaram contra: EUA, Alemanha, Romênia e Letônia. O ministro das Relações Exteriores da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Riyad Malki, expressou gratidão às nações que votaram a favor.
A recomendação será apreciada na conferência geral da Unesco, em 25 de outubro. Para que a Palestina seja aprovada como membro pleno, é necessário apoio de pelo menos dois terços dos 193 estados que integram a organização. O país tem status de observador na agência desde 1974, segundo a Wafa.
Ainda de acordo com a Wafa, os EUA pediram aos membros da Unesco que rejeitem a recomendação do conselho executivo. O apelo foi feito pelo embaixador do país junto à agência da ONU, David Killion.
A manifestação do órgão executivo da Unesco ocorre menos de duas semanas após o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, apresentar pedido de reconhecimento do país à ONU, durante a reunião da Assembleia Geral, em Nova York. A decisão que tem que passar pelo Conselho de Segurança e não é endossada pelos Estados Unidos, nação que tem direito a veto.
EUA e Israel se opõem ao reconhecimento do Estado Palestino pela ONU. Os norte-americanos querem que antes os palestinos negociem a paz com os israelenses.