Alexandre Rocha
São Paulo – Os investimentos no setor de construção civil na Jordânia devem chegar a US$ 10 bilhões no período de 2007 a 2013, somente de empresas de outros países árabes como Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes Unidos e Kuwait. Existem projetos de novos hotéis, shopping centers, prédios comerciais e residenciais, além de obras de infra-estrutura. Os empreendimentos, já em andamento, somam US$ 6 bilhões.
Apresentar estes empreendimentos e as oportunidades de investimentos no setor é o objetivo da Project Jordan, mostra que começou na segunda-feira (06) em Amã e pela primeira vez tem a participação da Câmara de Comércio Árabe Brasileira. A entidade conta com um estande de 36 metros quadrados com o objetivo de divulgar o Brasil e levantar informações sobre o mercado local.
"Hoje (ontem) nós visitamos todos os estandes da feira, falamos da entidade, do Brasil e dos seus produtos, trocamos cartões e oferecemos auxílio na busca por fornecedores brasileiros, como alternativa aos europeus e norte-americanos", disse o secretário-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, que está no evento acompanhado do diretor da entidade, Mustapha Abdouni, que é também cônsul honorário da Jordânia em São Paulo.
De acordo com Alaby, 80 empresas participam da feira, sendo 45 dos segmentos de investimentos e projetos e outras 35 de material de construção, decoração e de máquinas para o setor de construção. No estande brasileiro estão disponíveis catálogos de companhias como Cerâmica Aurora, Anodelar (utilidades domésticas em alumínio), Olsen (equipamentos odontológicos), Bompel (calçados de segurança), Mercur (artefatos de borracha, como botas) e Kontik (móveis). Catálogos de mais empresas devem chegar até o final da mostra, na sexta-feira.
"Nós recebemos cerca de 40 visitas nos dois primeiros dias da feira", disse Alaby. Uma destas visitas foi do embaixador brasileiro no Iraque, Bernardo de Azevedo Brito, que está em Amã e em breve deve ir ao país vizinho para apresentar suas credenciais. "Pudemos trocar algumas informações sobre a participação brasileira na reconstrução do Iraque, inclusive falamos sobre a possibilidade da presença da Câmara na feira Rebuild Iraq 2007 e ele solicitou que a entidade busque empresas dos setores de alimentos, material de construção e gêneros de primeira necessidade", afirmou o secretário-geral.
Os empresários que passaram pelo estande, segundo Alaby, estavam interessados na importação de mercadorias como material elétrico e hidráulico, madeira, máquinas para o setor de construção, granitos, mármores e móveis.