Agência Brasil
Brasília – O aumento da participação da Petrobras no setor petroquímico brasileiro marca um momento histórico para o país. A avaliação foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em pronunciamento à TV Brasil, durante reunião com o presidente da estatal, Sérgio Gabrielli.
“O setor petroquímico no Brasil pode ser contado antes dessa data e depois dessa data”, afirmou Lula.
Na última sexta-feira (30), a Petrobras anunciou que irá se juntar à Unipar, empresa privada do setor petroquímico, para criar uma nova empresa, que deverá ser a segunda maior companhia petroquímica do país. A estatal também assinou um acordo para ampliar a sua participação no grupo Braskem, líder do setor no Brasil e na América Latina.
As operações fazem parte da estratégia da Petrobras para reorganizar o setor petroquímico brasileiro, garantindo a possibilidades de concorrer com empresas multinacionais.
O presidente Lula disse que a reestruturação do setor era necessária para o país. “Tanto a Braskem quanto a Unipar levaram em consideração a importância de se transformarem em empresas maiores do que são, e a Petrobras entendeu que ela pode ser parceira minoritária sem nenhum problema, porque ela é tão importante que nunca será minoritária em nada que participe neste país”, afirmou Lula.
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, lembrou que o país tentou estruturar o setor petroquímico na década de 70. Mas, segundo ela, havia uma “confusão acionária” que impedia que grupos extremamente pulverizados tivessem porte e tamanho suficientes para disputar um espaço de fornecimento de produtos petroquímicos no Brasil e no mundo.
“Hoje é um grande passo porque se formam dois grandes grupos nacionais, com a Petrobras como minoritária relevante”, disse. Dilma Rousseff também considera que as mudanças vão permitir que o Brasil entre em uma nova etapa da petroquímica.
O presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, disse que a partir de agora o Brasil terá uma indústria brasileira de produtos petroquímicos com condições de crescer, atender à demanda brasileira e de competir no mercado mundial.
Na nova empresa criada da união com a Unipar, a Petrobras terá participação de 40%. Já no caso da Braskem, a participação da estatal passa dos atuais 6,8% para 25% no capital do grupo.