Brasília – O governo brasileiro estima que serão necessários R$ 125 bilhões em investimentos, nos próximos dez anos, para viabilizar a nova etapa do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL 2.0). Para alcançar a cifra, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, pretende, entre outras medidas, condicionar os leilões da frequência de 700 megahertz (MHz) à instalação de redes de longa distância. A frequência é destinada à instalação de internet móvel com tecnologia de quarta geração (4G).
“Precisamos levantar R$ 125 bilhões nos próximos dez anos, para serem investidos em redes de longa distância, equipamentos, fibras óticas e acessos, além de pessoal. Por isso, nos leilões da frequência de 700 MHz colocaremos [como condição para uso da faixa] parte da rede de longa distância, em fibra ótica. Estamos convencidos que o governo precisa entrar com dinheiro”, disse Bernardo nesta quinta-feira (11).
O ministro apontou, como referência de contrapartidas e investimentos a serem feitos pelo Estado em infraestrutura de banda larga, os Estados Unidos e a Austrália. “A França, inclusive, anunciou agora um plano para investir € 20 bilhões neste tipo de infraestrutura”, acrescentou.