São Paulo – As vendas da processadora brasileira de alimentos BRF cresceram no Oriente Médio e Norte da África no primeiro trimestre deste ano. A empresa é dona das marcas Sadia e Perdigão. Segundo informações divulgadas pela companhia na noite de quinta-feira (28), a receita com vendas no Oriente Médio e Norte da África chegou a R$ 1,584 bilhão, com aumento de 17,9% sobre o mesmo período do ano passado. A empresa ampliou também os volumes comercializados na região. A expansão foi de 3,9%, para 227 mil toneladas.
No relatório de apresentação de resultados, a empresa afirmou que a margem de ganhos na região foi menor. Observou ainda que apesar do contexto político e econômico “volátil” no Oriente Médio e Norte da África, a companhia continua “comprometida” com o desenvolvimento dos negócios, com o avanço na distribuição dos produtos e melhora do “mix” de vendas.
Em 2014, a empresa abriu uma fábrica em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Lá, a BRF processa os alimentos e vende para os países árabes. A companhia comprou, nos últimos anos, distribuidores locais. No primeiro trimestre deste ano, a BRF concluiu a compra de um distribuidor no Catar e no último dia 25, anunciou a compra de um distribuidor em Omã. A última transação, porém, não está no balanço porque foi concluída já no segundo trimestre.
A receita total da BRF no primeiro trimestre deste ano atingiu R$ 8,1 bilhões, com ampliação de 15,2% sobre o faturamento do primeiro trimestre de 2015. A receita cresceu, segundo a companhia, devido ao aumento de preços médios e volumes comercializados.
No documento, o CEO Global da BRF, Pedro Faria, afirma que o primeiro trimestre deste ano foi “um dos períodos mais desafiadores da última década”. Segundo ele, enquanto a produção de frango no Brasil atingiu níveis recordes, ela pressionou os preços do setor. Ao mesmo tempo, o custo do milho subiu. Em comparação com o período entre janeiro e março de 2015, o lucro líquido caiu 97,2%, para R$ 39 milhões.
No mercado brasileiro, a receita da BRF somou R$ 3,5 bilhões. A região do Oriente Médio e Norte da África foi o principal destino das exportações, seguida por Ásia, onde a BRF acumulou receita de R$ 1 bilhão, Europa/Eurásia (R$ 958 milhões), América Latina (R$ 438 milhões) e África (R$ 176 milhões).
No pregão desta sexta-feira (29) da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), as ações ordinárias da empresa, com direito a voto, eram negociadas em alta de 0,51%, a R$ 49,25.