São Paulo – O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou na sexta-feira (08) desembolso de US$ 43,4 milhões para ajudar o Djibuti na sua balança de pagamentos em função dos problemas que enfrenta decorrentes da pandemia do coronavírus. A balança de pagamentos é a transação comercial de um país com o restante do mundo, o que inclui contas como importações, exportações e transferências financeiras.
O FMI também aprovou doações ao país no valor de US$ 10,5 milhões para cobrir valores relativos a dívidas. Segundo últimos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o país árabe do Norte da África registrou 1.210 casos e três mortes por covid-19. Na foto acima, profissionais do Ministério da Saúde do Djibuti prontos para aplicar testes da covid-19.
De acordo com o organismo, a pandemia enfraqueceu consideravelmente as perspectivas macroeconômicas de curto prazo para o Djibuti, que enfrenta choque negativo na demanda externa devido à recessão da economia global. As medidas de prevenção à covid-19 também têm afetado a oferta e a demanda internas.
O FMI acredita que menores exportações de serviços e menores investimentos estrangeiros diretos abriram uma necessidade urgente de financiamento da balança de pagamentos de US$ 164 milhões. A pandemia criou também necessidades urgentes de gastos, principalmente no setor de saúde, e está afetando as receitas do governo.
O vice-diretor administrativo do FMI, Mitsuhiro Furusawa, afirmou, após discussão com o conselho executivo do organismo, que as autoridades do Djibuti agiram rapidamente para conter e mitigar a propagação e o impacto do vírus e que as medidas de prevenção tomadas para proteger as famílias e empresas ajudarão a limitar as consequências econômicas e sociais da pandemia.
Segundo ele, a pandemia e a resposta política a ela, no entanto, levará ao aumento do déficit fiscal em 2020. O financiamento de emergência do Fundo Monetário Internacional trará alguma liquidez para apoiar a resposta das autoridades à crise, juntamente com possível assistência adicional da comunidade internacional.
Furusawa afirma que quando a crise diminuir devem ser adotadas políticas para promover a recuperação econômica forte e inclusiva, preservar a sustentabilidade da dívida a médio prazo e reduzir empréstimos. “A redução de gastos com impostos também será importante para criar espaço para gastos com redução da pobreza”, disse o executivo. Ele também sugeriu esforços para fortalecer o balanço dos bancos, aprimorar o ambiente de negócios e a eficiência das empresas públicas.