São Paulo – As vendas de joias de ouro aumentaram 9% no segundo trimestre deste ano sobre o mesmo período do ano passado nos Emirados Árabes Unidos, somando 12,2 toneladas. Em relação ao primeiro trimestre do ano, porém, houve recuo de 15,8%, já que o volume de vendas de janeiro a março foi ainda maior, 14,5 toneladas.
Os dados são do World Gold Council (WGC) e foram publicados pelo site de notícias Gulf News. O melhor trimestre que esse comércio teve no país, entre os últimos dez, foi o primeiro trimestre de 2015, quando foram vendidas 16,3 toneladas em joias de ouro. A Arábia Saudita é o maior mercado para joias na região e comercializou 47,7 toneladas do produto em ouro de abril a junho.
O chefe de Relações com Membros e de Mercado do WGC, John Mulligan, afirma que há poucos sinais de confiança sustentada entre os consumidores dos Emirados, mas que o mercado conseguiu reduzir o impacto das taxas de importação. No começo deste ano, foi removida a isenção do imposto de importação sobre itens de joalheria, mas a maioria dos varejistas não repassou o custo total disso para os consumidores, segundo o WGC.
A organização acredita que as vendas de produtos de ouro e joalheria terão aumento no quarto trimestre deste ano nos Emirados, antes que o IVA (Imposto sobre Valor Agregado) entre em vigor no começo de 2018. “Vimos isso acontecer em outros mercados onde esses impostos entraram em vigor", disse Mulligan.
O executivo acredita que a situação regional, porém, está entre os principais motivos do atual mercado consumidor fraco nos Emirados. Lojistas também apontam o aumento do preço do ouro e a falta de turistas no verão como fatores para a venda menor sobre o começo do ano. Alguns tipos de produtos, no entanto, como barras de ouro e moedas, tiveram bom desempenho de vendas no segundo trimestre nos Emirados.
Globalmente, as vendas de ouro em todas as suas formas totalizaram 953 toneladas de abril a junho e foram 10% menores do que no mesmo período do ano passado, segundo o GWC. A demanda por joias subiu 8% para 481 toneladas, liderada por consumidores da Índia.