Marina Sarruf
São Paulo – Para o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, a diversificação de mercados é um dos principais fatores para o aumento das exportações brasileiras, que segundo ele, cresce mais que o dobro da média mundial. O saldo da balança comercial brasileira do mês de agosto já soma US$ 2,482 bilhões e no acumulado do ano foi para US$ 27,160 bilhões.
"Já é o terceiro ano do governo do presidente Lula que temos superávit abundante no comércio exterior. Nesse momento, estamos com cerca de US$ 40 bilhões em superávit, em doze meses", afirmou ele no seminário sobre a América Latina e o comércio exterior, promovido pelo Banco Latino-Americano de Exportações no Brasil, em São Paulo.
Furlan afirmou que o Brasil precisa divulgar mais ainda suas potencialidades para aumentar as exportações. O ministro citou, por exemplo, que poucos países sabem que o Brasil está na fronteira da biotecnologia e que pode oferecer aviões de última geração para o transporte de passageiros e também aviões para fins militares. Ele lembrou ainda que o país é um dos principais líderes na produção de combustível renovável e que cerca de 50% da produção nacional de veículos usa a tecnologia do bicombustivel. "Precisamos nos apresentar".
De acordo com ele, as visitas de promoção comercial para cerca de 30 países por ano fizeram com que as exportações para mais de 20 países crescessem a uma velocidade acima de 100% ao ano. "Nós temos produtos de boa qualidade a preços competitivos", disse Furlan. Ele também afirmou que o Brasil está investindo US$ 2 bilhões em projetos de infra-estrutura, na área de transportes, energia, saneamento básico e irrigação com os países latino-americanos. "Isso cria uma boa vontade e uma capacidade de abertura de mercados".
Segundo Furlan, as exportações brasileiras para Venezuela cresceram 130% no ano passado. "Pela primeira vez na história as vendas brasileiras para América Latina superaram as nossas vendas para os Estados Unidos", afirmou. De acordo com ele, as exportações para os Estados Unidos aumentaram 20% esse ano.
O ministro ainda lembrou que a balança comercial brasileira bateu o seu recorde histórico no mês de julho. As vendas externas ultrapassaram os US$ 11 bilhões. Segundo ele, 56% das exportações brasileiras são de produtos industrializados.
As vendas de transportes, automóveis, ônibus, caminhões e autopeças têm crescido a uma velocidade próxima de 40% ao ano e o setor de máquinas e equipamentos 35%. Outro ponto lembrado pelo ministro foi que nos últimos três anos o Brasil se tornou líder de exportações de carne bovina e de aves.