São Paulo – O crescimento do comércio eletrônico nos Emirados Árabes Unidos está fazendo aumentar a demanda por espaços de armazenagem e depósitos em Dubai, um dos principais emirados do país. O dado faz parte de em estudo da consultoria internacional Deloitte.
“O avanço no comércio eletrônico aumentou a necessidade de centros de armazenamento e de atendimento, fazendo crescer a demanda local por depósitos”, informou a consultoria em seu relatório, segundo notícia publicada no site do jornal saudita Arab News nesta terça-feira (02).
O relatório aponta que a presença na região de gigantes de varejo online, como a mundial Amazon e a saudita Noon, fomentou a busca por entregas no mesmo dia da compra. A Deloitte prevê que isso criará necessidade de centros de entrega perto dos principais distritos comerciais e residenciais.
Apesar da procura, o aluguel desses espaços tem preço menor atualmente do que em 2019 em função do ambiente de negócios restrito. Segundo a consultoria Deloitte, as empresas, principalmente pequenas e médias, estão buscando contratos de arrendamento anuais e não de três a cinco anos como o mercado oferecia antes da covid-19.
O e-commerce, que mexeu com a dinâmica da armazenagem, deverá ter receita de US$ 7,5 bilhões em 2021 nos Emirados, crescendo a uma taxa anual de 10,3% e chegando a US$ 11 bilhões em 2025, segundo o site Statista.
Levantamento feito pela empresa de pagamentos Visa em parceria com o Departamento de Economia de Dubai mostra que 49% dos consumidores dos Emirados fizeram compras online durante a pandemia.
O gasto anual por comprador no país árabe é de US$ 1.648, com US$ 122 gastos em média por transação em comparação com o ticket médio de US$ 76 em mercados desenvolvidos e US$ 22 em emergentes.