São Paulo – O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou nesta quinta-feira (27) que o Egito vem tendo um “bom progresso” em termos de reformas antes de receber empréstimo de US$ 12 bilhões da instituição pelo prazo de três anos. “As reformas estão indo na direção correta, isso deve continuar, elas devem ser implementadas e nós planejamos apoiar o governo nisso”, disse o porta-voz do Fundo, Gerry Rice, segundo informações da agência de notícias kuaitiana Kuna.
O Egito e o FMI chegaram a um acordo sobre o empréstimo em agosto, mas a liberação dos recursos ainda depende de ratificação pela diretoria do Fundo. De acordo com Rice, ainda não há uma data definida para esta formalização.
Ele acrescentou que o fato de as reformas estarem caminhando não quer dizer que o processo de implementação será fácil. “Elas são difíceis. Haverá discordâncias, diferenças e talvez até protestos”, declarou.
Entre as medidas já aprovadas, Rice destacou o Orçamento para o próximo ano fiscal, a criação de um Imposto de Valor Agregado (IVA), um plano sobre subsídios à energia e o compromisso do banco central de adotar gradualmente um regime cambial mais flexível.
Para que o empréstimo do FMI se torne realidade, o Egito precisa também de mais US$ 5 bilhões a US$ 6 bilhões em “financiamentos adicionais”, o que deve ser fornecido pela Arábia Saudita e pela China, segundo Rice.
Apesar da insistência no corte de subsídios à energia, o porta-voz ressaltou que o Fundo não condicionou o empréstimo à redução de subsídios sobre os alimentos. “Há alguns relatos e especulações sobre isto. Eu quero ser claro neste assunto: o programa do FMI não pede nenhum corte nos subsídios aos alimentos”, afirmou.