São Paulo – Um grupo de 10 empresas e associações setoriais brasileiras anunciaram hoje (10) a criação da Aliança Brasileira para Biocombustíveis de Aviação (Abraba). A entidade, de acordo com nota divulgada pela assessoria de imprensa da Embraer – que é uma das sócias da iniciativa -, terá como objetivo incentivar ações públicas e privadas para “o desenvolvimento e a certificação de biocombustíveis sustentáveis para a aviação”.
Além da Embraer, fazem parte do grupo Algae Biotecnologia, Amyris Brasil, Associação Brasileira dos Produtores de Pinhão Manso (ABPPM), Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (Aiab), União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única) e as empresas aéreas Azul, Gol, TAM e Trip.
De “sustentáveis” o grupo chama os biocombustíveis que tenham níveis de segurança e custo semelhantes aos dos combustíveis fósseis. As empresas e entidades pretendem atingir essa meta por meio da articulação com “formuladores de políticas públicas e formadores de opinião”.
“A preocupação mundial com as mudanças do clima tem levado a uma crescente demanda por fontes renováveis. O aumento das emissões dos gases de efeito estufa, aliado às incertezas sobre a disponibilidade dos combustíveis de origem fóssil, reforça a necessidade de se buscar novas alternativas”, diz a nota divulgada pela Embraer.
O grupo acrescenta que a aviação responde por 2% das emissões de gás carbônico e que o desenvolvimento de fontes renováveis de energia é fundamental para o crescimento do setor “em uma economia de baixa emissão de carbono”.
Os integrantes da Abraba ressaltam ainda que o Brasil já tem grande know-how no desenvolvimento de energias alternativas, especialmente nos casos do etanol e do biodiesel, utilizados em carros e caminhões.