São Paulo – As Nações Unidas informaram nesta terça-feira (18), em Nova York, que a Somália passa novamente por uma crise alimentar. De acordo o diretor de operações da Agência Humanitária das Nações Unidas (OCHA), John Ging, aproximadamente dois milhões de somalianos enfrentam algum tipo de insegurança alimentar. No entanto, 857 mil estão em “crise e em condições de emergência em termos de segurança alimentar”, afirmou Ging, segundo informações da Rádio ONU.
O diretor da OCHA lembrou que 260 mil pessoas morreram no país do Norte da África em 2011, quando uma crise de seca e falta de alimentos atingiu a região. Ele afirmou que a solução para a falta de comida no país só será encontrada com ações de longo prazo e com o desenvolvimento de uma estrutura para suportar as crises.
Ging afirmou que as doações são fundamentais para que a OCHA continue a atender os famintos. A previsão das Nações Unidas é que a ação na Somália necessita de US$ 1,15 bilhão, considerando o período de 2013 a 2015. Até o momento, a instituição recebeu 50% deste dinheiro. A situação é mais grave entre aqueles que deixaram suas casas para fugir de conflitos. Aproximadamente um milhão de pessoas estão nesta situação.
“Há aproximadamente dois milhões de somalis que são considerados em insegurança alimentar. São números muito expressivos. Eles nos enviam a simples mensagem de que a situação na Somália para seus habitantes é muito grave. Também é frágil”, disse.