O grupo jordaniano Munir Sukhtian (MS), que fabrica farmacêuticos e cosméticos, vai firmar uma parceria com a empresa paulista Pharma Vital para distribuição de seus produtos no Brasil. O acordo, que será assinado este mês, durante a visita do rei da Jordânia, Abdullah II, a São Paulo, poderá no futuro evoluir para a abertura de uma fábrica no Brasil.
“A parceria envolve três pontos: a transferência de tecnologias entre as duas empresas; o intercâmbio de produtos, para venda de produtos brasileiros na Jordânia e de produtos jordanianos no Brasil; e o investimento conjunto em uma fábrica para produzir fármacos jordanianos no Brasil”, disse à ANBA o presidente do grupo MS, Nidal Sukhtian.
O primeiro passo, segundo ele, será o intercâmbio na área de distribuição. Nidal quer introduzir no Brasil fitoterápicos e cosméticos com ação terapêutica. O investimento inicial em distribuição e marketing será de US$ 10 milhões, de acordo com o empresário.
Sua empresa é dona da marca HiGeen, de itens para higiene pessoal, comercializada no Oriente Médio, África, Europa e Bolívia. “Essa marca é um case de sucesso internacional”, afirmou.
De acordo com Nidal, a vantagem da parceria é o acesso direto ao mercado desejado, sem intermediários, o que garante menos custos no negócio. Além disso, ele declarou que o Brasil pode servir de porta de entrada de mercadorias jordanianas na América Latina e a Jordânia pode ser uma via de acesso de produtos brasileiros ao Oriente Médio.
O empresário destacou que a Jordânia é grande produtora de produtos farmacêuticos, com exportações anuais na casa dos US$ 500 milhões. O país é bastante conhecido pelos cosméticos feitos a partir de matérias-primas naturais, especialmente os chamados “produtos do mar morto”, fabricados com minerais da região que têm ação terapêutica.
Já faz um ano e meio que a empresa jordaniana começou a procurar um parceiro no Brasil e desde o início ela buscou a ajuda da Câmara de Comércio Árabe Brasileira para encontrá-lo. Antes de investir em uma fábrica, a companhia vai esperar a aprovação da comercialização de suas mercadorias pelo Ministério da Saúde e verificar sua aceitação no mercado.