Agência Brasil
São Paulo – O presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Única), Eduardo de Carvalho, evitou ontem (20) fazer qualquer previsão sobre possíveis reajustes no preço médio do álcool combustível, mas garantiu que a produção sucroalcooleira está em nível suficiente para suprir a demanda interna.
"Não há nenhum fator que indique flutuações exageradas de preços”, acentuou. Apesar disso, observou que o comportamento histórico de preços no período de entressafra é sempre de alta. Ele anunciou que no próximo ano entrarão em operação 16 novas usinas e que a evolução do setor deverá estar mais voltada para explorar o mercado do álcool.
De acordo com o executivo, o aumento da participação dos veículos bicombustíveis (movidos a álcool e gasolina) que passou de 1,125 milhão de unidades, em novembro de 2005, para 2,5 milhões no mercado, estimulou o consumo de álcool hidratado, com um salto de 1 bilhão de litros.
Já a redução do teor de álcool anidro na gasolina – que chegou a 25% e hoje está em 23%, depois de ter caído para 20% na última entressafra – fez com que diminuísse o consumo do produto em 1 bilhão de litros.
Nesta safra de 2006/2007, a produção álcool anidro atingiu 7,4 bilhões de litros com aumento de 1,7% sobre a anterior e o álcool hidratado 8,5 litros com um avanço de 0,6%. A produção total de álcool foi recorde com 15,9 bilhões de litros.
Quanto ao mercado externo, ele informou que o setor estará exportando um total de 2,9 bilhões de litros, sendo os Estados Unidos o maior cliente, com o consumo de 1,34 bilhões de litros – ou 58% do total embarcado direto para aquele mercado. Os Estados Unidos ainda recebem outros 1,15 bilhão, que seguem via Caribe.
O setor está atingindo também recorde de produção de açúcar, com 25,8 bilhões de toneladas contra 22 bilhões da safra passada.