Da redação*
São Paulo – Os gastos com tecnologia da informação (TI) em países do Oriente Médio e da África deverão ultrapassar US$ 40 bilhões em 2008, de acordo com a companhia de inteligência de mercado IDC. Os seis países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) – Kuwait, Catar, Omã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Bahrein – serão responsáveis por cerca de 23% desse total. As informações foram divulgadas pelo site árabe de notícias Al Bawaba.
"Tem havido um crescimento contínuo dos investimentos em infra-estrutura de TI – isto é, sistemas, PCs, armazenamento, periféricos e equipamentos para redes. Também estão aumentando os gastos com pacotes de software (aplicativos para empresas, segurança e armazenamento, redes e gestão de sistemas), principalmente nos mercados do GCC", disse Jyoti Lalchandani, vice-presidente e diretor administrativo regional da IDC para as regiões do Oriente Médio e África.
A mais recente pesquisa do IDC indica que o gasto total com TI nos países do GCC deverá ser superior a US$ 9 bilhões em 2008, um crescimento de mais de 15% sobre o ano anterior. Ainda de acordo com o IDC, o mercado de tecnologia da informação do Golfo será superior a US$ 12 bilhões em 2011.
A Arábia Saudita é o maior mercado da região. O país é responsável por 43% do gasto total com TI, seguido pelos Emirados Árabes Unidos, com 36%, Kuwait, com 9%, Catar, com 5%, Bahrein, com 4% e Omã, com 3%. A Arábia Saudita e os Emirados são os países do GCC com as mais altas taxas de crescimento previstas para 2008.
Em 2007, foram gastos US$ 7,92 bilhões com TI no GCC. O mercado de hardware representou 62,1% desse total. Em seguida vieram os setores de serviços, com 24,3%, e de pacotes de software, com 13,6%.
"A expansão mais significativa em gastos com TI nos próximos três anos deverá ocorrer nos setores de saúde, turismo, varejo e educação", disse Lalchandani. "Empresas de grande porte nas áreas de serviços bancários e financeiros, telecomunicações, petróleo e gás e o setor público devem continuar responsáveis pela maior parte dos gastos. Os segmentos doméstico e de pequena e de média-escala apresentam oportunidades de crescimento interessantes", afirmou.
*Tradução de Gabriel Pomerancblum