Agência Brasil
Rio – A produção industrial brasileira ficou estável em abril na comparação com o mês anterior. Em relação a abril do ano passado, houve queda de 1,9%, após seis meses de crescimento. Com o resultado de abril, o setor acumula expansão de 2,9% nos primeiros quatro meses do ano, se comparado ao mesmo período de 2005, interrompendo uma trajetória de desaceleração que começou no terceiro quadrimestre de 2004.
A taxa acumulada nos 12 meses encerrados em abril foi de 2,6%, mostrando um recuo no ritmo de crescimento em relação à taxa do mês anterior, de 3,3%. Os dados foram divulgados hoje (06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na passagem de março para abril 14 dos 23 setores pesquisados expandiram a produção. Os destaques foram metalurgia básica (4,2%), outros produtos químicos (2%) e bebidas (3,5%). As quedas mais representativas foram na indústria farmacêutica (-7%) e na alimentícia (-1,5%).
Na comparação do período com o mês anterior, a produção de bens de consumo duráveis (veículos, eletrodomésticos) cresceu 1,7% e a de bens semi e não-duráveis (roupas, calçados, alimentos, remédios), aumentou 1,3%. A produção de bens de capital (máquinas e equipamentos) ficou estável e a de bens intermediários (insumos para a indústria) caiu 0,1%.
Se considerada a comparação com abril de 2005, a queda de 1,9% explica-se, segundo o IBGE, pelo menor número de dias úteis no mês (18 em 2006 contra 20 em 2005). Dos 26 setores pesquisados, 19 registraram queda na produção. Os mais significativos foram alimentos (-6,9%), veículos automotores (-6,2%) e farmacêutica (-11,4%).
A Pesquisa Industrial Mensal do IBGE revelou que o crescimento de 2,9% na produção nacional foi influenciado principalmente pelo aumento na produção de máquinas para escritório e equipamentos de informática (63,2%). Também se destacaram nos primeiros quatro meses do ano os setores da extrativa (10,9%), material eletrônico e equipamentos de comunicação (16,2%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (15,6%).