São Paulo – Em discurso realizado na sexta-feira (26) na 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, o presidente da Somália, Hassam Sheik Mohamud, afirmou que o país do Norte da África enfrenta uma grave crise humanitária e que mais de três milhões de pessoas precisam de algum tipo de assistência. A crise atual é provocada, segundo o presidente, pela insegurança gerada pela ação de grupos radicais e pela seca.
“Me entristece informar hoje que a atual situação humanitária na Somália é extremamente crítica. Cerca de 3,2 milhões de pessoas na Somália precisam de ajuda emergencial exatamente neste momento. Uma terrível mistura de seca, aumento dos preços dos alimentos, desnutrição crescente e insegurança está fazendo a situação humanitária na Somália mergulhar em uma crise”, afirmou Mohamud.
O líder somali afirmou também que pelo menos um milhão de pessoas está em situação de insegurança alimentar no país árabe e que há ao menos um milhão de desabrigados internos.
Em 2011, o país viveu a pior seca em seis décadas, que matou 250 mil pessoas, metade delas crianças, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR, em inglês). Em 2012, Mohamud foi eleito presidente da Somália e desde então o governo passou a enfrentar os integrantes da milícia radical Al Shabaab. Os conflitos têm desabrigado moradores das zonas de combate.