São Paulo – A startup MVISIA, que desenvolve sistemas de visão computacional e inteligência artificial para a indústria e a agroindústria, venceu o bootcamp realizado na Câmara de Comércio Árabe Brasileira, nesta quinta-feira (20). A prova selecionou uma entre cinco startups para participar da competição global do Annual Investment Meeting 2020 (AIM), fórum de investimentos que terá sua 10ª edição em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, de 24 a 26 de março.
O sócio fundador da empresa, Fernando Paes Lopes, apresentou seu sistema de câmera com inteligência artificial. O produto captura, por exemplo, imagens de uma linha de produção, e as envia para um software já abastecido com os parâmetros importantes para a seleção de cada produto. O sistema define, assim, se há alguma alteração naquela linha de produção, e é capaz de pará-la se for necessário.
A startup campeã já tem clientes grandes, e vai em busca de sua primeira oportunidade no Oriente Médio. “A expectativa é muito boa. Já estivemos oportunidades na Europa, e conhecer mercados de fora abre a cabeça. A experiência é ultra válida, porque você vê pessoas e jeitos de pensar diferente”, declarou Lopes.
O evento foi organizado pela Mango Ventures, a Peppery Lab e a Câmara Árabe. Além da MVSIA, participaram, ainda, outras quatro startups: a GooMov, que trabalha em soluções para mobilidade urbana; a Startup Hallo, que atua no mercado financeiro; a BioHack, que busca transformar resíduos em energia; e a Aptah, de inovação em bioinformática.
A diversidade de propostas foi um dos objetivos na hora de escolher os cinco finalistas da competição nacional. “Como o Brasil é um país muito grande, vimos como importante trazer startups de diferentes estados e setores. Até por isso, nossos jurados têm um desafio, cada uma delas aborda temas e soluções distintas”, contou Wellington Galassi, sócio da Mango Ventures Brazil, antes da realização da etapa final.
Entre os jurados da competição, estiveram a diretora de Marketing e Estratégia da Câmara Árabe, Janine Bezerra de Menezes, e Flavio Waltz, da empresa de engenharia e tecnologia Radix. “Nós já criamos a maratona da engenharia, organizamos e somos júri de muitos hackathons. Para participar aqui, procurei não só me preparar, mas também levei as histórias de cada startup para outras pessoas na empresa darem suas opiniões. A ideia é fazer uma discussão e avaliar como ecossistema Radix, não apenas como uma pessoa física. Aqui, tivemos áreas diversas. Acredito que o Brasil está muito bem representado”, destacou Waltz.
Na foto, da esq. para dir. Janine Menezes, Fernando Lopes, Wellington Galassi e Matias Vazquez, gerente da Startup Mexico campus Brasil, uma aceleradora de startups, e um dos jurados do evento.