São Paulo – Os países árabes podem não ser famosos por seu grande número de praticantes de voo livre, mas o esporte vem crescendo nos países do Oriente Médio e Norte da África, e abrindo espaço para bons negócios. É o caso das exportações feitas pela empresa catarinense Sol Paragliders, fabricante de parapentes, que tem quatro países árabes entre seus clientes conquistados em 68 mercados.
Atualmente, a companhia, que tem sede em Jaraguá do Sul, vende para Iraque, Emirados Árabes Unidos, Marrocos e Tunísia, mas já fez negócios também com Egito, Arábia Saudita, Jordânia, Kuwait, Catar, Palestina, Líbia, Líbano e Bahrein. “Há muitos árabes praticantes de voo livre”, afirma Ary Carlos Pradi, sócio da Sol Paragliders. “Os Emirados, por exemplo, têm vários voadores”, destaca. Segundo o empresário, na Arábia Saudita e no Marrocos, também há muitos praticantes de voo livre.
Segundo Pradi, os árabes adquirem, principalmente, equipamentos para iniciantes e pessoas com nível intermediário no voo livre. “Eles estão tendo mais contato com o esporte agora”, aponta. Para ele, isso oferece uma boa possibilidade de crescimento para os negócios da empresa. Ele diz ainda que a boa relação entre o Brasil e os países árabes ajuda a aumentar a aceitação da marca nestes mercados.
Hoje, os países árabes são responsáveis por cerca de 4% das exportações da Sol Paragliders. Pradi diz que continuará participando de feiras internacionais, como a Coupe Icare, na França, que lhe rendeu o contato para sua entrada no Oriente Médio, há quatro anos, por meio de um revendedor no Irã. De acordo com o sócio da empresa, Egito, Jordânia e Arábia Saudita são os países com maior potencial de crescimento entre os árabes. “A Arábia Saudita é um lugar excelente para voar”, ressalta.
Metade da produção de 1,8 mil equipamentos produzidos por ano é dedicada às vendas ao mercado externo. Os conjuntos incluem parapente, selete (assento) e paraquedas de emergência. O preço de cada conjunto para o revendedor de exportação varia entre US$ 1,2 mil e US$ 2,2 mil. Já o preço ao consumidor final, no exterior, gira em torno de US$ 4,5 mil.
“O mundo do parapente é pequeno. Existem 60 empresas no mundo, e apenas 30 são certificadas (pela DHV, entidade alemã que certifica parapentes) como a nossa”, ressalta Pradi sobre o grande número de países para os quais sua empresa exporta. Segundo ele, os países da Europa são os principais compradores de seus equipamentos, respondendo por 30% do material exportado.
Apesar de 50% da produção ser voltada ao mercado externo, as exportações compõem somente 30% do faturamento anual de R$ 6 milhões. Pradi explica que o chamado “custo Brasil”, que inclui fatores como a alta carga de impostos, acaba prejudicando o lucro de fabricantes de equipamentos com média e alta tecnologia agregada, afetando sua competitividade no mercado externo.
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