São Paulo – As exportações do agronegócio brasileiro ao Oriente Médio recuaram 29,5% em janeiro sobre o mesmo mês do ano passado, de acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgados na última semana. No primeiro mês de 2015, o Brasil faturou US$ 654,3 milhões com comercialização de produtos da agricultura e da pecuária para a região e no mês passado US$ 461,3 milhões. A participação da região caiu de 11,5% para 9,3% nas vendas internacionais do setor.
O Oriente Médio é a região onde ficam países árabes, além de outros que não são árabes, como Turquia, Irã e Israel. Apesar do recuo na exportação, alguns países árabes se destacaram individualmente como destino dos produtos em janeiro. Foi o caso do Egito, cujas compras aumentaram 54%. O mercado egípcio foi o sexto maior comprador do segmento no mês passado. A Arábia Saudita foi o 11º, mas diminuiu as compras em 25,5%. Os Emirados ficaram na 19ª colocação, com importações 46,8% menores.
Entre as regiões do mundo, a Ásia foi o maior destino das vendas do agronegócio no primeiro mês do ano, seguida da União Europeia, do Oriente Médio e dos países do Nafta (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio). Os países que mais compraram produtos do agronegócio brasileiro foram China, seguida por Estados Unidos, Países Baixos, Japão e Alemanha.
No geral, as exportações do agronegócio somaram US$ 4,98 bilhões em janeiro, com queda de 11,7% sobre o primeiro mês de 2015. O Mapa ressalta, no entanto, que houve aumento de 8,7% nos volumes, com recorde nas vendas de vários produtos. “O decréscimo no valor exportado ocorreu, sobretudo, em função da diminuição dos preços médios de exportação dos produtos do setor”, informou o Ministério em nota sobre o resultado da balança comercial.
As mercadorias mais vendidas ao exterior foram as carnes, cuja comercialização rendeu US$ 926,7 milhões ao Brasil, com queda de 10,2%. Elas foram seguidas por produtos florestais, com geração de receita de US$ 808,5 milhões e avanço de 5,9%, e por cereais, farinhas e preparações, cujas vendas alcançaram US$ 798,7 milhões e cresceram 6,5%.