Da Agência Brasil
Brasília – América Central, Oriente Médio, África e Ásia, os destinos do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, nos últimos dois meses revelam o perfil da política externa do atual governo. Recém-chegado da África, o chanceler embarca nesta semana para mais uma viagem a essas regiões, passando pela Índia e Marrocos. "Estamos em busca de novos horizontes, que não prejudicam os antigos", explicou.
Nesta quarta-feira (16), o ministro irá a Nova Délhi, na Índia, para a reunião do G-20 (grupo de países em desenvolvimento criado em agosto de 2003 na fase final da preparação para a V Conferência Ministerial da OMC, realizada em Cancun entre 10 e 14 de setembro do mesmo ano). Nos dias 25 e 26 estará no Marrocos, onde participará da reunião ministerial preparatória à Cúpula América do Sul – Países Árabes.
Na semana passada, Amorim visitou oficialmente quatro países: Quênia, Etiópia, Moçambique e África do Sul. Nas paradas para abastecimento do avião, participou de encontros no Gabão e Tanzânia. Acordos, memorando e comunicados bilaterais e multilaterais foram fechados em áreas como saúde, agricultura, economia e consulta política.
"Levamos 500 anos para descobrir o caminho de Vasco da Gama. Agora precisamos estreitar as relações, principalmente na área comercial", disse o ministro. "As empresas brasileiras devem perceber que existe um campo muito amplo para investimento na África. Dos fertilizantes às máquinas", acrescentou.
Para dar sustentação ao novo momento, pelo menos duas novas embaixadas no continente africano já estão em processo adiantado de instalação. Uma delas na capital etíope, Adis Abeba, e a outra em Dar-es-Salaam, na Tanzânia. Outros locais estão em análise pelo Itamaraty. Terão prioridade países considerados estratégicos ou com embaixada no Brasil.