Túnis – O déficit comercial da Tunísia aumentou nos cinco primeiros meses de 2017 para 6,475 bilhões de dinares tunisianos (US$ 2,67 bilhões), contra 5,135 bilhões de dinares (US$ 2,12 bilhões) no mesmo período do ano passado, apesar do crescimento das exportações do país, principalmente de petróleo bruto. As informações foram publicadas nesta segunda-feira (12) pela agência de notícias Tunis Afrique Presse (TAP). O avanço do saldo negativo foi de 26%.
A taxa de cobertura das importações pelas exportações caiu de 69,5% em maio de 2016 para 67,3% no mesmo mês deste ano. Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas da Tunísia (INS, na sigla em francês), o déficit comercial cresceu principalmente com a China, Itália, Turquia, Rússia e Argélia.
Por outro lado, a Tunísia registrou superávit comercial com alguns de seus maiores parceiros comerciais, como França, Líbia e Reino Unido.
As exportações tunisinas somaram 13,347 bilhões de dinares (US$ 5,5 bilhões) de janeiro a maio, um aumento de 14,2% sobre o mesmo período de 2016. As importações, no entanto, aumentaram ainda mais na mesma comparação: 17,8%, para 19,822 bilhões de dinares (US$ 8,17 bilhões).
A conta de energia respondeu por 23,6% do déficit comercial. As importações de petróleo e derivados cresceram quase 30%. As compras de alimentos aumentaram 31%, as de matérias-primas e semimanufaturados, 19%, e as de bens de capital, 8,6%. As aquisições de bens de consumo duráveis avançaram 23%.
Já as importações de minérios, fosfatos e derivados recuaram 5,5%.
Na seara das exportações, cresceram 46,3% as vendas de produtos da indústria petrolífera, 10,8% os embarques de produtos agrícolas e alimentos, 20,3% as remessas das indústrias mecânica e elétrica, 10,5% as de têxteis, confecções e couros, e 7,6% as da indústria de transformação em geral.
As vendas externas de minerais, fosfatos e derivados caíram 23% de janeiro a maio, em comparação com o mesmo período do ano passado. Este é um dos principais setores exportadores do país.
Brasil
Para o Brasil, a Tunísia exportou o equivalente a US$ 11,4 milhões nos cinco primeiros meses de 2017, um recuo de 31,25% sobre o mesmo período de 2016. Os principais itens comercializados foram fluoretos de alumínio, azeite de oliva, parte de equipamentos eletrônicos, fosfato dicálcico e tâmaras secas. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços do Brasil (MDIC).
Na outra mão, a Tunísia importou do Brasil quase US$ 95 milhões, uma queda de 0,5% na mesma comparação. Os principais produtos da pauta foram açúcar, óleos vegetais, laminados planos, chassis com motor para veículos e couros. Nesse sentido, o saldo comercial ficou positivo para o lado brasileiro em US$ 83,5 milhões, contra US$ 78,76 milhões no período de janeiro a maio do ano passado.