São Paulo – A economia global deverá crescer 2,9% este ano e 3,3% em 2011, segundo o relatório Perspectivas Econômicas Globais, divulgado hoje (09) pelo Banco Mundial. Para 2012, a previsão é de avanço entre 3,2% e 3,5%. As estimativas mostram o reaquecimento da atividade econômica internacional, que no ano passado recuou 2,1%.
Segundo o banco, os países em desenvolvimento deverão liderar esse processo, com previsão de crescimento anual de 5,7% a 6,2% de 2010 a 2012. No caso dos países ricos, as estimativas de crescimento variam de 2,1% a 2,3% em 2010 e de 1,9% a 2,4% em 2011. Os números para este ano, se confirmados, serão insuficientes para reverter a retração de 3,3% ocorrida nas economias desenvolvidas em 2009.
O Banco Mundial alerta que a crise da dívida na Europa, escancarada pela Grécia, criou “novos obstáculos ao crescimento sustentável” no médio prazo. Ou seja, a dívida de países mais desenvolvidos ameaça solapar perspectivas mais otimistas de avanço econômico.
O economista-chefe da instituição, Justin Yifu Lin, disse, no entanto, que “o melhor desempenho dos países em desenvolvimento no mundo atual de crescimento multipolar é reconfortante”, de acordo com nota do banco. “No entanto, para essa recuperação perdurar, os países de alta renda deverão aproveitar as oportunidades oferecidas pelo crescimento mais sólido dos países em desenvolvimento”, declarou.
O relatório acrescenta que o comércio internacional está em forte recuperação e deverá crescer 21% este ano. O avanço do comércio deve se estabilizar na faixa de 8% ao ano em 2011 e 2012, informa o levantamento.
Regiões
Na seara regional, segundo o banco, a América Latina e o Caribe devem ter crescimento médio de 4,3% ao ano de 2010 a 2012, contra uma retração de 2,3% em 2009. O Brasil cresceu 9% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados ontem (08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para o Oriente Médio e Norte da África, a estimativa de avanço é de 4% em 2010, 4,3% em 2011 e 4,5% em 2012. A retomada do preço do petróleo é um dos principais fatores de indução do crescimento na região.
As maiores taxas de crescimento regional, no entanto, são previstas para o Leste Asiático e Pacífico, com 8,7% em 2010 e 7,8% em 2011, puxadas pela China.