São Paulo – A região da América Latina e Caribe liderou o crescimento do fluxo mundial de investimentos estrangeiros diretos (IED) em 2011, ao lado de nações do Leste e do Sudeste da Ásia, segundo o World Investment Report 2012 (Relatório Mundial de Investimentos), divulgado na quinta-feira (05) pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). No total, o fluxo internacional somou US$ 1,5 trilhão em 2011, um avanço de 16% em comparação com 2010.
O Brasil teve um papel fundamental nesse desempenho, pois foi de longe o país latino-americano que mais recebeu recursos externos. A região recebeu US$ 217 bilhões em IED no ano passado, um aumento de 16% sobre 2010. O Brasil ficou com US$ 67 bilhões, 37% a mais na mesma comparação.
Segundo a Unctad, a atratividade do País se justifica pelo tamanho de seu mercado consumidor e por sua posição estratégica, próxima de outros países com grande potencial de crescimento, como Argentina, Chile, Colômbia e Peru.
Além disso, de acordo com o relatório, os investimentos estrangeiros na América do Sul têm dado altos retornos desde 2003. O fluxo de IED para o subcontinente aumentou 34% no ano passado.
Retorno este que tem servido de alívio para companhias norte-americanas e europeias que têm negócios em terras sul-americanas, especialmente no Brasil. Nos últimos anos, porém, tem crescido a participação de empresas de outros países emergentes e do Japão no total dos investimentos.
A Unctad afirma que a região deverá continuar atrativa, apesar da crise europeia e das incertezas sobre a economia global. Entre os fatores que justificam tal afirmação estão a disponibilidade de recursos naturais e as perspectivas de crescimento das nações do continente.