São Paulo – A Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), vinculada ao Itamaraty, promove a partir do dia 29 um curso para diplomatas árabes em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. De acordo com informações da entidade, a realização de programas para diplomatas estrangeiros já é uma tradição e ocorre desde 2006.
O objetivo do curso é dar aos profissionais uma ideia mais clara do que é o Brasil e, posteriormente, facilitar o relacionamento com seus países de origem. A ideia é também despertar nos diplomatas o interesse em servir no Brasil e facilitar a adaptação caso isso venha a ocorrer.
Nesse sentido, o programa de duas semanas inclui palestras e seminários com professores universitários e outras personalidades, audiências com autoridades e visitas a empresas e órgãos públicos.
A agenda para os diplomatas árabes terá início na Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo. A capital paulista foi escolhida para o começo do curso por causa da forte presença da comunidade de origem árabe na cidade e pela concentração de entidades ligadas à colônia.
Haverá, entre outras apresentações, palestras do subsecretário-geral do Itamaraty para África e Oriente Médio, Paulo Cordeiro de Andrade Pinto, do presidente da Câmara Árabe, Marcelo Sallum, e do presidente do Instituto da Cultura Árabe (Icarabe), Salem Nasser, além de visitas ao Hospital Sírio-Libanês, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e reuniões com o vice-governador Guilherme Afif Domingos e com o prefeito Fernando Haddad, ambos descendentes de árabes.
Vão participar diplomatas da Arábia Saudita, Argélia, Catar, Ilhas Comores, Djibuti, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Omã, Palestina, Somália, Sudão, Tunísia e da Liga dos Estados Árabes.
Esta é a primeira vez que a fundação organiza um curso exclusivo para árabes. Já foram, porém, realizados 10 programas semelhantes para diplomatas sul-americanos, três para africanos e um para profissionais da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean). A iniciativa se insere na política do governo brasileiro de aproximação com países destas regiões.