São Paulo – A Câmara de Comércio Exterior do governo brasileiro (Camex) anunciou a redução das alíquotas do Imposto de Importação de uma série de produtos por falta de oferta no mercado interno. A decisão foi publicada terça-feira (02) no Diário Oficial da União e contempla as compras de resina de policarbonato, item identificado na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) pelo número 3907.40.90. A Arábia Saudita está entre os fornecedores desta mercadoria ao Brasil.
O imposto foi reduzido de 14% para 2%. O incentivo vale por 12 meses e é limitado a uma cota de pouco mais de 35 mil toneladas, o que representa quase a totalidade do volume importado deste produto pelo País de janeiro a novembro do ano passado.
Policarbonatos são materiais plásticos resistentes e transparentes que podem ser usados como substitutos ao vidro. São utilizados, por exemplo, na fabricação de lanternas e faróis de carros, lentes para óculos, CDs e DVDs, entre outros produtos.
De janeiro a novembro do ano passado, o Brasil importou da Arábia Saudita o equivalente a US$ 1,63 milhão desta resina, cerca de 21 vezes mais do que no mesmo período de 2016. Foram adquiridas 714,5 toneladas, um aumento de 17 vezes na mesma comparação. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). A indústria petroquímica é forte na nação árabe.
O principal fornecedor deste produto ao mercado brasileiro, porém, são os Estados Unidos, seguidos da Alemanha, Coreia do Sul, China, Bélgica, Holanda e Itália. A Arábia Saudita aparece na oitava posição. Japão e Taiwan completam a lista dos dez maiores exportadores.
No total, o País importou US$ 78,6 milhões em resina de policarbonato de janeiro a novembro de 2017, um crescimento de 45% sobre o mesmo período de 2016. Foram compradas 36 mil toneladas, um avanço de 42,4% na mesma comparação.