Argel – A balança comercial da Argélia registrou um déficit de US$ 3,97 bilhões de janeiro a maio, contra US$ 8,71 bilhões no mesmo período do ano passado, um recuo de 54,4%, segundo informações divulgadas nesta terça-feira (20) pelo Centro Nacional de Informática e Estatísticas das Alfândegas (CNIS, na sigla em francês) e publicadas pela agência de notícias Algérie Presse Service (APS).
As exportações somaram US$ 15,7 bilhões nos cinco primeiros meses de 2017, um aumento de 41% sobre o mesmo período de 2016, ao passo que as importações caíram 0,98% na mesma comparação, para US$ 19,67 bilhões.
Graças a alguma recuperação nos preços do petróleo, as exportações da indústria petrolífera renderam US$ 14,86 bilhões, um crescimento de 43% em relação aos cinco primeiros meses do ano passado. O setor respondeu por 94,63% das vendas externas argelinas no período.
Os embarques de outros produtos somaram apenas US$ 843 milhões, ou 5,4% do total. Houve um avanço de 11% nas receitas sobre os cinco primeiros meses de 2016. Neste valor estão incluídos itens semimanufaturados, alimentos, produtos básicos, bens de capital e bens de consumo duráveis.
Na seara das importações, houve recuo nas compras de bens de capital, mas aumento nas aquisições de alimentos e de bens de consumo duráveis. No primeiro caso, o total importado chegou a US$ 3,8 bilhões, um crescimento de 13% em relação ao período de janeiro a maio do ano passado; e no último, a US$ 3,41 bilhões, um acréscimo de 1,2% na mesma comparação.
Os principais destinos das exportações argelinas foram a Itália, Espanha, França, Estados Unidos e Holanda. Os maiores fornecedores foram a China, França, Itália, Alemanha e Espanha.
Brasil
Ao Brasil, a Argélia vendeu o equivalente a mais de US$ 1 bilhão de janeiro a maio, um aumento de 74% sobre o mesmo período de 2016. Os principais itens da pauta foram naftas, petróleo bruto, ureia, fosfato e gás liquefeito.
Na outra mão, o Brasil exportou à Argélia US$ 524 milhões, um crescimento de 27% na mesma comparação. Os principais produtos comercializados foram açúcar, milho, óleo de soja, carne bovina e amendoim. O saldo comercial ficou favorável aos argelinos em quase US$ 560 milhões. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).