São Paulo – Dubai vai promover uma série de iniciativas para estabelecer uma plataforma de produtos e serviços baseada na economia islâmica. O objetivo é atrair investimentos de países muçulmanos do Oriente Médio, África e Ásia. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (09) pelo emir de Dubai e vice-presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed Bin Rashid Al Maktoum. As informações são da Emirates News Agency (WAM).
A plataforma de produtos e serviços islâmicos inclui instrumentos financeiros, seguros, arbitragem de contratos, indústria de alimentos e padrões de gerenciamento de qualidade. A prática consiste na produção de mercadorias e realização de negócios de acordo com as tradições religiosas. De acordo com a WAM, a economia islâmica mundial movimenta US$ 2,3 trilhões em uma comunidade de 1,6 bilhões de muçulmanos.
Entre as iniciativas anunciadas por Maktoum estão o desenvolvimento de padrões comerciais para as indústrias islâmicas e guias para a produção de alimentos halal. Dubai pretende também estabelecer marcos de qualidade para a aprovação de alimentos halal. A intenção é incentivar a indústria de alimentos e promover ligações com negócios globais e regionais, assim como com outros setores, incluindo transporte, armazenamento e movimentação.
“Nossa visão cosmopolita de fazer negócios continua a ser nossa força direcionadora da economia”, afirmou Maktoum. “Adotando uma estrutura moderna e cientifica para as economias islâmicas no mundo, Dubai vai ao encontro das demandas dos investidores locais, regionais e internacionais por um ‘hub’ central para investir, crescer e fazer negócios”, destacou o xeque, segundo a WAM.
Maktoum acrescentou que a iniciativa irá impulsionar a diversificação da economia de Dubai e complementar o pioneirismo do emirado em relação à economia islâmica. Dubai foi o primeiro lugar do mundo a estabelecer um banco islâmico, nos anos 70, e também a criar um mercado financeiro islâmico. Hoje, no entanto, a Malásia está na vanguarda no oferecimento de produtos e serviços para o público islâmico, principalmente na área financeira.
O xeque disse ainda que o governo de Dubai não vai abandonar seus princípios de abertura e comprometimento com uma economia de mercado livre. “Fortalecendo os princípios da economia islâmica como parte integral de nossa abordagem de crescimento e desenvolvimento, estaremos apoiando a comunidade empreendedora, especialmente no mundo árabe”, destacou.