São Paulo – A economia da Tunísia, país árabe do Norte da África, cresceu 1,2% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, impulsionada por setores como os de fosfatos e serviços. Os dados foram publicados nesta sexta-feira (16) na agência de notícias Tunis Afrique Presse (TAP).
Em relação aos três primeiros meses deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) da Tunísia avançou menos, 0,5%. Os números se referem ao PIB real – descontada a inflação – e são do Instituto Nacional de Estatística (INS) da Tunísia.
O setor manufatureiro, porém, recuou 0,8% de abril a junho sobre o mesmo período do ano passado e 0,2% em relação ao trimestre anterior, por causa de desempenho fraco da indústria química, têxtil e de confecções e calçados. Já as indústrias de materiais de construção, cerâmica e produtos agroalimentares cresceram e o setor mecânico e elétrico tiveram desempenho praticamente estável.
O PIB da indústria não manufatureira caiu 2,6% no segundo trimestre deste ano sobre os mesmos meses de 2018 e 0,8% sobre os três primeiros meses deste ano. O fato é explicado principalmente pelo declínio contínuo na extração de petróleo e gás tunisiano. A produção de petróleo ficou em 36,1 mil barris ao dia de abril a junho deste ano, contra 38,7 mil barris em iguais meses do ano passado.
Por outro lado, a mineração cresceu em 1,1% sobre o mesmo período do ano passado, em função do incremento de 8,8% na produção de fosfato, apesar da redução em outras áreas. A Tunísia é grande exportadora de fosfato, produto utilizado no setor de fertilizantes, e é, inclusive, fornecedora do mercado brasileiro na área.
A área de serviços avançou 2,1% no segundo trimestre deste ano sobre o mesmo período do ano passado. O crescimento é explicado principalmente pela hotelaria, restaurantes e cafés, que tiveram desempenho 7,1% superior. A área de comunicação avançou 5,9% e a de serviços financeiros cresceu 2,4%. O transporte recuou.
Também houve crescimento na agricultura e na pesca. O segmento teve desempenho 2,8% superior em função da boa colheita de cereais ocorrida no país no segundo trimestre do ano. O setor de construção teve recuo de 1,4%.