São Paulo – A agência de notícias oficial do Kuwait, a Kuna, confirmou nesta terça (29) a morte do emir do país, Sabah Al Ahmad Al Jaber Al Sabah (foto acima). O governante faleceu aos 91 anos e esteve no posto por 14 anos, tendo antes disso dirigido a política externa do Kuwait por mais de 50 anos. O país declarou luto oficial por 40 dias e o fechamento dos departamentos oficiais por um período de três dias.
O sucessor nomeado a emir é Nawaf Al Ahmad Al Jaber Al Sabah, até então príncipe herdeiro no país. Nawaf assumiu o governo de forma interina desde a internação de Sabah Al Ahmad Al Jaber Al Sabah, em julho. O porta-voz da Assembleia Nacional do Kuwait, Marzouq Al Ghanim, disse que a instituição fará uma sessão especial na quarta-feira (30), durante a qual Nawaf fará o juramento constitucional, de acordo com o Artigo 60 da constituição do Kuwait.
Segundo o site do jornal Gulf News, Al Ahmad faleceu às 4h da manhã nos Estados Unidos. Em 18 de julho o emir havia sido internado para exames médicos e, um dia depois, foi submetido a uma cirurgia. No dia 23 de julho, o governante foi levado aos Estados Unidos para concluir seu tratamento médico, mas o gabinete do governo do Kuwait não revelou qual a cirurgia ou o tratamento que ele iria receber.
Durante seu governo, o falecido emir dedicou esforços a desenvolver e trazer progresso ao país do Golfo, além de trabalhar pela paz na região, reportou a Kuna. Em 2014, o líder do Kuwait foi reconhecido enquanto uma liderança humanitária pelas Nações Unidas.
A morte do emir do Kuwait repercutiu entre outras lideranças árabes. O presidente dos Emirados Árabes Unidos, Khalifa Bin Zayed Al Nahyan, declarou três dias de luto e bandeiras a meio mastro em homenagem ao emir. Ele, que é príncipe herdeiro de Abu Dhabi, afirmou em sua conta no twitter que Sabah simbolizou sabedoria, tolerância e paz e foi um grande pioneiro na cooperação do Golfo. “Ele serviu o Kuwait com honra e graça, e seu trabalho nunca será esquecido”, disse o líder dos Emirados.
A agência de notícias saudita, a SPA, informou que a corte real local emitiu comunicado afirmando que o emir faleceu após uma jornada de realizações e serviços ao seu país, às nações árabes e à humanidade como um todo. O presidente do Líbano também ofereceu suas condolências. “O Líbano perdeu um grande irmão que apoiou os libaneses durante as difíceis circunstâncias nos últimos anos’, disse o presidente libanês, Michel Aoun, em nota divulgada pela agência de notícias NNA.
Já o presidente egípcio, Abdel Fattah el-Sissi, declarou seu pesar pela morte, lembrando a “postura fraternal” de longa data do emir em relação ao Egito. Na Jordânia, o rei Abdullah II lamentou a perda “de um grande irmão e líder sábio que amava a Jordânia”. A corte real do país anunciou um período de luto de 40 dias em todo seu território.