Da redação
São Paulo – As exportações do agronegócio brasileiro bateram novo recorde e chegaram a US$ 49,422 bilhões em 2006, um aumento de 13,4% em comparação com o mesmo período de 2005. Os dados foram divulgados hoje (05) pelo Ministério da Agricultura (Mapa). Os embarques do setor representaram 36% das exportações totais do Brasil em 2006, que renderam US$ 137,4 bilhões.
De acordo com o Mapa, os embarques aumentaram para os principais blocos econômicos, sendo que o Oriente Médio apresentou o maior crescimento (35,7%), seguido da África (20,9%). As duas regiões aumentaram sua participação como compradores do setor de 7% para 8,4% e de 6,5% para 6,9%, respectivamente.
A União Européia, no entanto, continua a ser o principal destino dos produtos agropecuários, absorvendo 31,4% do total, seguida da Ásia e dos países do Nafta. Na lista dos 20 principais países compradores, encabeçada pelos Estados Unidos, figuraram em 2006 os árabes Arábia Saudita, na 15ª posição, o Egito, na 16ª, e os Emirados Árabes Unidos, no 17° lugar.
Segundo o Mapa, o setor que mais influenciou o crescimento das exportações do agronegócio em 2006 foi o sucroalcooleiro. As vendas externas de açúcar e álcool chegaram a US$ 7,8 bilhões, um aumento de 65,9% em comparação com 2005. O açúcar respondeu por US$ 6,2 bilhões e o álcool por US$ 1,6 bilhão.
Outros setores que tiveram boa performance exportadora durante o ano, de acordo com o Mapa, foram o de produtos florestais, carnes, café, cereais, farinhas e preparações, couros e produtos de couro e sucos de frutas. Já o complexo soja teve uma retração de 1,8% e registrou exportações de US$ 9,3 bilhões.
As importações do setor, por sua vez, somaram US$ 6,695 bilhões, o que resultou em um saldo favorável para o Brasil de US$ 42,726 bilhões, também recorde. As compras externas aumentaram em 31% e os produtos que mais influenciaram este desempenho foram o trigo, borracha natural, arroz, algodão e milho.
Dezembro
Em dezembro somente, as exportações do agronegócio renderam US$ 4,137 bilhões, 12,9% a mais do que no mesmo mês de 2005. Já as importações cresceram 27,3% e chegaram a 664 milhões, o que resultou em um superávit de US$ 3,473 bilhões.