Silwan Abbassi*
Brasília – Terminou nesta segunda-feira (23) no Iêmen uma conferência sobre oportunidades de investimento no país. O encontro reuniu 1,2 mil pessoas, entre eles 460 investidores dos países do Golfo Arábico, segundo informações do jornal árabe Al Hayat. No encontro, foram assinados memorandos e contratos que prevêem investimentos de US$ 2,7 bilhões, mas que podem chegar a US$ 4 bilhões.
Entre os projetos apresentados está um da Empresa de Investimentos Bin Farid e Baghlaf, do Iêmen, para a construção do Jenan Aden (Paraíso de Aden), um projeto que receberá investimento de US$ 2 bilhões.
O Jenan Aden será uma cidade cuja economia estará baseada em comércio exterior e turismo. Ela será situada nas montanhas Ihsan, próximas à cidade costeira de Aden. Segundo o presidente da empresa, Saleh Bin Farid Al Awlaqi, o projeto será construído em uma área de quatorze quilômetros quadrados e será executado em três fases. A primeira, que deve começar em dois meses, será a construção de unidades residenciais.
Outro projeto imobiliário foi anunciado pela Empresa Árabe para Desenvolvimento e Investimentos Turísticos, que pretende construir um centro turístico e habitacional na cidade de Al Mukalla, ao sul do Iêmen. O investimento inicial previsto no projeto é de US$ 150 milhões.
Segundo o Ministério do Turismo do Iêmen, também foi fechado com o grupo saudita Midroc Al-Amoudi um acordo para a construção de dois hotéis cinco estrelas, que se chamarão Golden Leaves. Os hotéis serão construídos nas cidades de Sanaa e Hodiedah. O investimento nestes hotéis será de US$ 150 milhões.
Outro grupo, o Fahd bin Abdullah, do Catar, também anunciou planos de construir um hotel cinco estrelas em Áden, no qual planeja investir ao menos US$ 100 milhões.
Na ocasião, sempre de acordo com o jornal árabe, também foi firmado um acordo entre as empresas de aviação Yemenia Airways, empresa cujo capital e dividido entre o governo do Iêmen (51%) e da Arábia Saudita (49%), e a American Spare Company para criar uma nova empresa aérea de baixo custo para transporte doméstico. A empresa começará suas operações com quatro aeronaves e venderá passagens a partir de 5 mil riais (US$ 25).
Já a Empresa Saudita de Pescados anunciou planos de construir no Iêmen uma fazenda para criação de camarões, na qual investira US$ 100 milhões. A empresa, que também pretende vender pescados, está estudando o projeto mas acredita que deve implantá-lo em breve.
Entre os acordos assinados, segundo o Ministério do Petróleo e Mineração do Iêmen, estão sete acordos na área de mineração de ouro, zinco, chumbo, ferro, calcário e outros minérios, além de areia. Também foi anunciado pelo presidente do Fórum de Negócios do Iêmen e do Golfo, Shehab al-Azazi, a criação do Banco da União Islâmica, que terá capital de 20 bilhões de riais (US$ 100 milhões).
Nos últimos anos, o Iêmen tem executado uma série de mudanças econômicas, legislativas e estruturais atrair investimentos. O país oferece incentivos a investidores estrangeiros e está atualmente aberto as investimentos em vários setores, entre eles o petrolífero e de gás, industrial, turístico, imobiliário e de infra-estrutura.
*Tradução de Mark Ament