Da redação*
São Paulo – A indústria química e petroquímica dos países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) deverá triplicar de tamanho até 2010. A informação é do site árabe de notícias econômicas MENA Report.
Os membros do GCC – Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Arábia Saudita, Catar, Omã e Kuwait – são hoje responsáveis por 7% da produção mundial dos 30 principais produtos petroquímicos intermediários. Essa parcela deve chegar a 20% até 2010. A produção saudita deverá representar quase metade desse aumento, informa o site.
Os Emirados também estão investindo pesado na indústria petroquímica. A capacidade do país deverá triplicar, gerando novas oportunidades nos setores de refino, distribuição e venda.
Nos países do GCC, o investimento total nos setores químico e petroquímico deve chegar a US$ 40 bilhões até 2010. A estimativa inclui produtos não-petrolíferos tais como resinas poliméricas, isopor e líquidos químicos.
"Com a ameaça de demissões na indústria petroquímica na Europa e nos Estados Unidos, em conseqüência dos preços cada vez mais altos e da escassez de matéria-prima, os países do Golfo Arábico passam a ser a primeira opção para instalação de novas indústrias e investimento no setor", disse Abdul Rehman Falaknaz, presidente da International Expo Consults (IEC), empresa de Dubai que organiza feiras comerciais.
A localização de novos complexos industriais é uma decisão importante para as empresas do setor. Nos últimos anos, tem havido preferência pelo Oriente Médio. "A expansão e o crescimento contínuos no Oriente Médio geraram uma necessidade de processos logísticos e de cadeia de fornecimento mais sofisticados, para levar mais de 40 milhões de toneladas de produtos petroquímicos e plásticos por ano das fábricas para clientes em mais de 70 países", disse Falaknaz.
"Durante os próximos 10 anos, no mínimo, o Oriente Médio deve continuar à frente do mercado. Daí em diante, novas tecnologias deverão mudar a maneira como produzimos polímeros e produtos petroquímicos. Em última análise, a economia vai decidir o futuro", afirmou.
*Tradução de Gabriel Pomerancblum