São Paulo – O maior parque eólico da África será construído no Marrocos e terá capacidade de gerar 300 megawatts (MW) de energia quando estiver pronto, no fim de 2014. De acordo com informações da agência de notícias France Presse (AFP), o parque será construído na cidade de Tarfaya, no Sudoeste do país, pela multinacional GDF Suez em parceria com a marroquina Nareva Holding. O projeto irá custar 450 milhões de euros, dos quais 80% serão financiados por instituições financeiras marroquinas e o restante virá de investimentos das duas empresas.
De acordo com o CEO da GDF Suez, Gérard Mestrallet, as condições climáticas da região de Tarfaya são “extremamente favoráveis” em quantidade de vento. Ele disse que nesta região as turbinas eólicas geram 45% da sua capacidade energética, quando a média fica entre 20% e 40%. Ele afirmou que nos parques marinhos, onde geralmente há mais vento, as turbinas operam a uma potência média de 40%. As 131 turbinas eólicas deste parque terão 80 metros de altura e vão gerar, cada uma, 2,3 MW de potência.
Esta usina eólica é parte do Projeto Marroquino de Energia Eólica, que prevê que o país gere 2.000 MW de energia elétrica a partir do vento até 2020. Além do parque eólico de Tarfaya, estão previstos os de Afkhenir, que ira gerar 200 MW, Bab El Oued (50MW), Haouma (50 MW), Jbel Khalladi (120 MW), Tanger 2 (150 MW), Koudia El Baida à Tétouan (300 MW), Taza (150MW), Tiskard à Laâyoune (300 MW) e Boudjour (100MW).
O projeto marroquino de energia eólica deverá consumir 2,8 bilhões de euros em investimentos e prevê que 14% da energia elétrica consumida no país seja gerada a partir do vento.
Quando esse projeto for concluído, o país deverá reduzir em 1,5 milhão de toneladas o consumo de petróleo equivalente por ano, o que gera gastos de US$ 750 milhões. Esse projeto também evitará a emissão de 5,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera todos os anos. Este é o principal gás causador do efeito estufa. Ainda de acordo com as informações da AFP, o Marrocos importa 95% da energia que consome e a demanda cresce 6% a cada ano.