São Paulo – A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) vai dar empréstimos e subvenções de US$ 66 milhões para estimular o desenvolvimento econômico de mais de 34 países parceiros, a maioria da África. A decisão foi tomada pelo Conselho de Administração do Fundo da Opep para o Desenvolvimento Internacional (Ofid) e a informação foi publicada na agência de notícias africana Panapress.
O dinheiro irá para projetos dos setores de agricultura, educação, energia, transporte e abastecimento de água e entre os países beneficiados estão Mauritânia, que é árabe, República Democrática do Congo, Gâmbia, Guiné, Uganda e Zâmbia.
A Mauritânia receberá US$ 11,93 milhões para geração de energia solar na região de Aftout Al-Ghargui para assegurar fornecimento energético seguro e acessível a 110 mil pessoas que vivem em zonas extremamente pobres. O país tem população de cerca de três milhões de pessoas e metade ainda depende da agricultura e pecuária de subsistência. O país, no entanto, tem reservas de minério de ferro e o produto representa 40% das suas exportações.
A República Democrática do Congo receberá US$ 5 milhões para desenvolver a cultura do arroz e com isso reduzir a pobreza e reforçar a segurança alimentar. O dinheiro será usado na criação de rede de irrigação e construção de infraestrutura agrícola. A ideia é que sejam beneficiadas 10 milhões de pessoas.
Na Gâmbia, um empréstimo de US$ 12 milhões servirá para modernizar a central elétrica de Kotu e garantir à população fornecimento de eletricidade. A medida deve beneficiar 500 mil pessoas. Na Guiné, US$ 7 milhões serão destinados a um projeto de abastecimento de água de cinco cidades para ajudar a melhorar as condições de vida de 63 mil pessoas. Será construída infraestrutura para abastecimento de água e instalação de redes até as famílias.
Uganda terá recursos para recuperação de estradas e Zâmbia para construção de colégios técnicos. Segundo a Panapress, desde a sua criação, o Ofid já concedeu mais de US$ 14,1 bilhões para financiar o desenvolvimento em 132 países no mundo, tendo como prioridade os mais pobres.