São Paulo – As companhias aéreas do Oriente Médio tiveram a maior taxa de crescimento em tráfego de passageiros do mundo no primeiro semestre e em junho deste ano, comparados aos mesmos períodos de 2011. Os dados são da Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês) e foram divulgados pelo site do jornal Gulf News, de Abu Dhabi.
A quantidade de passageiros transportados cresceu 18,2% em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado e 18,1% no primeiro semestre comparado ao mesmo período do ano passado.
O Oriente Médio foi a região do mundo com o melhor desempenho no mês de junho, com "crescimento de 18,2% em volume de passageiros transportados, superior ao seu próprio aumento de capacidade, que foi de 13,4%", informou a IATA em nota. Segundo a associação, os voos das companhias da região registraram taxa média de ocupação de 78,6% em junho de 2012.
Ainda segundo a IATA, a tendência de crescimento no Oriente Médio tem sido "robusta" este ano, em contraste com o mercado mundial.
Na comparação entre meses de junho, "as companhias aéreas do Oriente Médio registraram aumento de 18% em demanda e de 14,2% em capacidade, que cresce para atender à demanda por transporte de carga entre Oriente Médio e África, Europa e Ásia", informa a IATA.
Na mesma base de comparação, o tráfego mundial de passageiros cresceu 7,4%. A taxa é inferior às registradas anteriormente em 2012, o que a IATA atribui à persistente incerteza econômica. "A incerteza que se vê na situação econômica mundial está se refletindo no desempenho do transporte aéreo", afirmou o diretor geral e CEO da IATA, Tony Tyler.
O Oriente Médio registrou também a mais alta taxa de aumento no transporte de carga: o volume de carga cresceu 18% em junho deste ano sobre o mesmo mês do ano passado. De janeiro a junho, o volume de carga aumentou 14,8% em relação ao mesmo semestre de 2011.
"Os mercados de passageiros vêm crescendo mais lentamente desde o início do ano e os mercados de carga têm sido, em sua maioria, muito fracos", afirmou Tyler, sobre o desempenho mundial. "O resultado é um limbo de demanda, enquanto consumidores e empresas contêm seus gastos à espera de uma resolução na economia europeia", segundo o CEO.
*Tradução de Gabriel Pomerancblum