Da Agência Brasil
Curitiba – A segunda estimativa de plantio da Safra de Verão 2005/06 do Paraná, divulgada pela Secretaria da Agricultura, mostra que o estado deverá produzir 21 milhões de toneladas de grãos, ou seja, 27% a mais do que as 16 milhões de toneladas produzidas na safra passada.
Ocupando 2% do território nacional, o Paraná contribui, conforme lembrou o chefe do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura, Adélio Borges, com 20% do total de grãos produzidos no País, numa área plantada de 5,9 milhões de hectares. É o maior produtor brasileiro de milho, trigo, casulo de seda e frango, ocupa a segunda colocação na produção de soja e feijão e é o terceiro na produção de mandioca.
O Paraná deverá produzir 8,17 milhões de toneladas de milho. Segundo o responsável pelo Setor de Previsão de Safras do Deral, Dirlei Manfio, a produtividade do milho deve ser de 5.971 quilos por hectare, 17,6% superior à verificada na safra passada, que sofreu com a estiagem.
A nova estimativa indica crescimento de 14,7% da área plantada com o feijão das águas, ou seja, o da primeira safra. No ano passado, foram cultivados 44.593 hectares com a leguminosa. Segundo técnicos do Deral, 35,2% da área destinada à cultura já está semeada. Se a área estimada for confirmada, o Paraná vai produzir 504 mil toneladas de feijão. Isto significa 27% a mais do que o que foi produzido na última safra, e o estado volta a responder por 39% da produção nacional.
As áreas destinadas ao plantio de algodão e de soja devem ficar menores. No caso do algodão, estima-se que sejam cultivados apenas 29.824 hectares, contra os 56.965 hectares da safra passada. A produção estimada é de 71.290 toneladas, 9,1% inferior à obtida em 2005.
No caso da soja, confirma-se redução da área, já apontada na estimativa de agosto. O produtor do Paraná deixará de semear soja em aproximadamente 124 mil hectares, em favor de outras culturas, como o milho e feijão. Deverão ser plantados 3,99 milhões de hectares com o grão. O estado deve produzir 12 milhões de toneladas, ou seja, 27,% a mais do que foi colhido na safra passada.