São Paulo – O Egito deverá reduzir seus gastos com subsídios para compra de combustíveis no ano fiscal 2015/2016 devido ao custo menor do petróleo. De acordo com informações divulgadas pelo jornal estatal Al Ahram no domingo (27), o ministro do Petróleo do Egito,Tarek El-Molla, afirmou que o país gastou aproximadamente US$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre do atual ano fiscal com subsídios. No mesmo período do ano fiscal anterior, o gasto foi de US$ 2,3 bilhões. O ano fiscal do Egito começa em 1º de julho e termina em 30 de junho do ano seguinte.
A expectativa do país árabe é que os repasses menores para o consumo de combustíveis irão ajudar a reduzir o déficit orçamentário. No ano fiscal de 2014/2015, o país reservou US$ 9,5 bilhões para cobrir os custos com estes repasses. Para o período atual, 2015/2016, foram destinados US$ 8 bilhões.
O déficit orçamentário deste ano fiscal deverá corresponder a 8,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do Egito, contra 11,5% do período 2014/2015. Ainda segundo as informações do jornal estatal, o governo pretende reduzir em 30% nos próximos cinco anos o total de repasses para consumo de combustível.
Desde o ano passado, o preço dos derivados de petróleo já subiu 78% nas bombas dos postos de combustível em função do corte de subsídios. O país está gastando menos com estes subsídios porque o preço do petróleo no mercado internacional está nos menores patamares dos últimos 11 anos. Na última semana, o barril de petróleo foi negociado a US$ 35,98 em média.
A redução nos repasses de subsídios de combustíveis é acompanhada, por outro lado, pelo aumento dos repasses para o consumo de alimentos, eletricidade e para assistência social. Segundo dados do ministério das Finanças, o Egito ampliou estes gastos em US$ 1,6 bilhão entre junho e setembro.