São Paulo – Os conflitos na Síria e no Iraque continuam a afetar negativamente a economia da Jordânia. O crescimento estimado em 2016 foi de 2% e a taxa de desemprego chegou a 15,3%, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (15) pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
É esperada, porém, uma pequena aceleração do Produto Interno Bruto (PIB) este ano em função de alguma retomada nas áreas de exportações, turismo e transferências de dinheiro de jordanianos que vivem no exterior. Esta semana mesmo o Banco Central do país divulgou que as receitas do turismo cresceram 16% no primeiro bimestre, em comparação com o mesmo período de 2016, e chegaram a US$ 652 milhões.
De acordo com relato de missão do Fundo que visitou a Jordânia de 05 a 06 de março, o governo local reiterou seu comprometimento com medidas para reduzir as vulnerabilidades do país e incentivar o crescimento. “O déficit fiscal de 2016 foi estimado em 3,6% do PIB, mas espera-se que vá cair para menos de 3% em 2017 à luz de medidas fiscais que dão suporte ao Orçamento deste ano”, disse o chefe da missão, Martin Cerisola, em comunicado.
Com o aumento do turismo e das remessas de dinheiro do exterior, o FMI avalia que o déficit em conta corrente da Jordânia irá cair em 2017, após ter subido de 9,1% do PIB em 2015 para 9,5% do PIB em 2016
Além de afetar o comércio e o turismo, os conflitos nos países vizinhos resultaram num grande fluxo de refugiados, com forte impacto na infraestrutura e nos serviços públicos. A Jordânia 670 mil refugiados sírios registrados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), o que equivale a quase 10% da população do país.