São Paulo – A presença dos libaneses ao redor do mundo será tema de um seminário na Universidade Saint-Esprit de Kaslik (Usek), em Kaslik, no Líbano, nesta quinta-feira (14) e sexta-feira (15). A imigração libanesa no Brasil e sua importância no desenvolvimento do País estarão entre os temas das palestras e discussões. A organização é do Instituto de História da instituição de ensino.
Como parte do encontro, haverá exposição de fotografias e pinturas sobre a Amazônia, feitas pelo fotógrafo libanês Jacques Menassa e pela pintora ucraniana-libanesa Iryna Novystska-Zein. Menassa viveu por quase dez anos no Brasil, entre os anos 80 e 90, e fez várias incursões pela Amazônia, a partir das quais surgiram algumas coleções de fotos. Iryna pintou inspirada nas fotografias de Menassa.
O fotógrafo libanês fará uma palestra sobre os libaneses no estado do Amazonas. Também o diretor do Centro de Estudos e Culturas da América Latina (Cecal) da Usek, Roberto Khatlab, falará sobre os libaneses na América Latina, particularmente no Brasil sob o tema “Os libaneses e os poderes econômico e político na América Latina: países emergentes”. Khatlab é brasileiro, mas mora no Líbano e tem livros escritos sobre a imigração libanesa no País.
"Os libaneses na América Latina e particularmente no Brasil trabalharam duro, iniciaram como mascates e enviaram seus filhos às melhores universidades. Se adaptaram na sociedade da América Latina e suas gerações hoje estão à frente de grandes empresas e na política, ajudaram e ajudam no desenvolvimento dos países que acolheram seus pais”, diz Khatlab, lembrando da forte presença de descendentes no Congresso Nacional e do vice-presidente da República, Michel Temer, que é de origem libanesa.
Esse é o segundo seminário que a Usek promove sobre o tema. O primeiro ocorreu em março de 2012. Entre os eixos de discussão estará como os libaneses transmitem suas mensagens no mundo por meio das áreas cultural, artística, de mídia e humana. Outro foco é a contribuição nas questões geopolíticas e outro ainda o papel dos libaneses na união de sociedades fragmentadas.
O colóquio começa às 11 horas com uma abertura com a presença do diretor do Instituto de História da Usek, Jean-Maroun Maghamès, no Auditório Jean B. El Hawa, no campus principal da universidade. Em seguida, às 12 horas, ocorre a cerimônia inaugural, com apresentação da exposição de fotos e palestra de Jacques Menassa. A palestra de Khatlab ocorre também nesta quinta, às 14h30.