Da redação
São Paulo – Os gastos dos brasileiros em viagens ao exterior chegaram a US$ 4,215 bilhões entre janeiro e setembro deste ano, um aumento de 21,5% em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados ontem (19) pelo Banco Central e incluem gastos realizados em dinheiro e cartão de crédito.
No mês de setembro somente, as despesas dos viajantes brasileiros no exterior somaram US$ 473 milhões, um crescimento de 9,2% em comparação com os US$ 433 milhões do mesmo mês de 2005. No ano passado inteiro, os desembolsos dos turistas brasileiros lá fora chegaram a US$ 4,72 bilhões.
Embora a balança do turismo internacional seja deficitária para o Brasil, os gastos dos estrangeiros no país também estão crescendo no ano. De acordo com o Banco Central, o valor entre janeiro e setembro deste ano foi de US$ 3,207 bilhões, um aumento de 12,7% em comparação com o mesmo período de 2005.
Em setembro somente, os estrangeiros que visitaram o Brasil deixaram por aqui US$ 314 milhões, uma diminuição de 1,6% em relação aos US$ 319 milhões do mesmo mês do ano passado. No ano passado inteiro, os recursos trazidos ao país por visitantes estrangeiros chegaram a US$ 3,861 bilhões.
Apesar a pequena queda em setembro, o Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur), órgão governamental responsável pela promoção do setor, avalia que as despesas dos turistas estrangeiros no Brasil vão bater recorde no ano como um todo.
De acordo com a entidade, o ritmo de crescimento registrado entre janeiro e setembro aponta para receitas entre US$ 4,3 bilhões e US$ 4,4 bilhões até o final do ano. "A definição de novos vôos internacionais, prevista para o último trimestre do ano, poderá ainda contribuir para um aumento adicional da receita", disse o diretor de estudos e pesquisas da Embratur, José Francisco de Salles Lopes, segundo nota divulgada pelo órgão.
Os dados do Banco Central incluem apenas operações oficiais, ou seja, feitas pelos turistas com cartões de crédito ou trocas de moedas realizadas em instituições financeiras e casas de câmbio que informam o BC. As operações informais eventualmente feitas pelos viajantes não entram nessa conta, mas a Embratur divulga uma estimativa nesse sentido ao final do ano.