São Paulo – A American Airlines anunciou nesta quarta-feira (20) que irá comprar 460 novos aviões da fabricante norte-americana Boeing e da europeia Airbus. Do total de aeronaves encomendadas, 260 são modelos Airbus A320 e 200 são Boeing 737. As duas aeronaves transportam entre 150 e 180 passageiros e são concorrentes diretas. São usadas principalmente em voos domésticos. Segundo a American Airlines, esta é a maior encomenda da história da aviação.
O presidente da American Airlines, Gerard Apey, afirmou, durante o anúncio de compra dos novos aviões, que espera que a companhia tenha, nos próximos cinco anos, uma das frotas mais jovens e eficientes dos Estados Unidos. Atualmente, a American é a quarta maior companhia aérea norte-americana (atrás de Delta, Southwest e United) e tem uma das frotas mais velhas do país. Os novos aviões irão substituir os modelos MD-80, que têm 20 anos de voo em média, e jatos 757 que a Boeing não produz mais.
A empresa aérea obteve uma linha de financiamento de US$ 13 bilhões para comprar os primeiros 230 aviões. Estas aeronaves começarão a ser entregues em 2013. Embora todos os A320 e Boeing 737 tenham um consumo de combustível menor do que os aviões que serão substituídos, apenas parte das unidades encomendadas corresponde às novas gerações destes modelos.
Dos A320, 130 serão equipados com a versão de motor atual e a outra metade, que começa a ser entregue em 2017, terá propulsores cerca de 15% mais eficientes. Este modelo, chamado de A320neo, deverá ser também mais silencioso, terá um custo menor de operação e autonomia de voo maior. A Boeing prometeu anunciar até o fim do ano se vai lançar uma nova versão do 737. Se ela fizer isso, parte dos aviões encomendados poderá ser deste modelo.
O acordo da American com Boeing e Airbus prevê opções de compra de mais 465 aviões a partir de 2025. Esse pedido de compra, no entanto, precisa ser confirmado pela companhia aérea. Há mais de 20 anos que a American não comprava novos aviões da Airbus. Os últimos modelos que ela teve da empresa europeia, de acordo com o jornal The New York Times, foram os A300, que ela aposentou em 2009.