Da redação
São Paulo – A América Latina está bem posicionada para se tornar líder no fornecimento de biocombustíveis e fontes renováveis de energia para o resto do mundo. Além disso, os Estados Unidos e outros países desenvolvidos têm disposição para explorar parcerias dentro deste setor na região.
Tais conclusões surgiram em um dos debates da conferência do Fórum Econômico Mundial (FEM) dedicada à América Latina, que terminou ontem (06) em São Paulo. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Luiz Fernando Furlan, disse que existem 50 novos projetos no setor sucroalcooleiro no país, segmento que envolve a produção de álcool combustível. O etanol é utilizado em larga escala como combustível na frota brasileira de veículos há cerca de 30 anos. "Podem existir também oportunidades para joint-ventures", disse Furlan, segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa do FEM.
"Há uma agenda muito séria para o setor de energia e nós podemos trabalhar juntos nela", disse o secretário de Estado adjunto dos Estados Unidos para Economia e Negócios, Anthony Wayne, de acordo com a nota. Segundo ele, seu país começa a desenvolver um programa para diversificar suas fontes de energia. "E o Brasil é líder na produção de etanol e exploração de petróleo em águas profundas", acrescentou. O norte-americano disse ainda que os EUA estão de olho também no gás natural produzido na Argentina.
O Brasil já começou a produzir em escala industrial também o biodiesel a partir de plantas oleaginosas, como a soja e a mamona.