São Paulo – A holding Abu Dhabi Financial Group (ADFG), dos Emirados Árabes Unidos, anunciou na terça-feira (09) a compra do prédio New Scotland Yard, sede da polícia metropolitana de Londres desde a década de 1960, por 370 milhões de libras esterlinas (R$ 1,5 bilhão ou US$ 580 milhões). O edifício fica na área central da capital britânica e é considerado um marco da cidade. Sua fachada já foi cenário de inúmeros filmes policiais.
A empresa promete transformar o local num empreendimento de uso múltiplo (residencial e comercial) “de nível mundial”. O grupo dos Emirados investe principalmente nas áreas financeira e imobiliária. Em comunicado, a companhia informou que sua proposta venceu as de dez outros interessados na aquisição.
Segundo informações da prefeitura de Londres, o valor acertado supera em 120 milhões de libras (R$ 488 milhões ou US$ 188 milhões), o preço sugerido do imóvel. Em nota, a administração da capital britânica informou que os recursos serão utilizados para equipar os policiais londrinos com dispositivos móveis como tablets, smartphones e câmeras portáteis, entre outros investimentos na estrutura da polícia local.
O negócio faz parte de um pacote de vendas de bens públicos pouco usados ou considerados ultrapassados e tem por objetivo equilibrar as contas do serviço policial.
A transação marca também mais um avanço de investidores árabes no mercado imobiliário londrino. A própria ADFG comprou este ano o imóvel número 1 da Palace Street, adjacente ao Palácio de Buckingham, sede da monarquia britânica, por 310 milhões de libras (R$ 1,26 bilhão ou US$ 486 milhões), também com a intenção de transformá-lo num empreendimento residencial e comercial de luxo.
O quartel general da polícia londrina vai mudar para outro local, também na área central da cidade, às margens do Rio Tâmisa, próximo ao Parlamento Britânico.
O imóvel vendido era sede da polícia metropolitana desde 1967. De acordo com a prefeitura de Londres, parte do dinheiro arrecadado será utilizada para viabilizar a criação de um museu para abrigar artefatos recolhidos pela instituição desde sua criação, em 1829, incluindo objetos relacionados a crimes famosos.