São Paulo – O secretário geral da União dos Bancos Árabes (UAB, na sigla em inglês), Wisam Fattouh, afirmou nesta quinta-feira (04), em Manama, no Bahrein, que os ativos dos bancos do Oriente Médio e Norte da África deverão chegar a US$ 3 trilhões neste ano, um aumento de 13%, ou US$ 400 bilhões, em relação a 2012. Esses ativos são formados por depósitos, que somam aproximadamente US$ 1,5 trilhão, e carteiras de empréstimo, que chegam a US$ 1,4 bilhão.
As informações de Fattouh foram divulgadas pela Bahrein News Agency após uma das reuniões da Conferência dos Bancos Árabes, que foi realizada na capital bareinita. Segundo Fattouh, os bancos árabes estão capitalizados e sólidos, diferentemente de seus pares europeus. Ele disse também que dos US$ 400 bilhões de crescimento dos ativos bancários, aproximadamente US$ 100 bilhões virão de crescimento nos depósitos.
Fattouh disse que as instituições financeiras da região não foram afetadas pela crise europeia, nem pela Primavera Árabe, que derrubou governos na região, nem pela recente crise do Chipre.
O Banco Central Europeu, União Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI) irão emprestar 10 bilhões de euros (cerca de US$ 12,8 bilhões) ao Chipre pelos próximos três anos. O país está em crise financeira e irá utilizar o dinheiro para cumprir o pagamento da dívida e evitar a falência dos bancos.
“A crise financeira foi importada para a região dos países árabes e não exportada por eles. Graças ao bom gerenciamento dos riscos, os bancos árabes estão em situações muito boas apesar das flutuações regionais e globais”, disse Fattouh.