Da Agência Brasil
Brasília – O aumento das exportações em 10%, ultrapassando US$ 80 bilhões, poderá elevar a mais de um milhão o número de empregos a serem criados e proporcionar um crescimento equivalente a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB). A perspectiva para este ano é do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan.
Em entrevista ao programa "Bom Dia Brasil", da TV Globo, o ministro acrescentou que "a meta prioritária do governo é a modernização de portos, aeroportos e também dos canais de transportes – ferrovias, hidrovias e rodovias – no sentido de dar sustentação a esse crescimento das exportações".
Furlan lembrou que no ano passado o movimento de vendas externas registrou aumento de 20 milhões de toneladas, o que significou "uma sobrecarga no sistema de transporte, de logística e de portos". E anunciou que o porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, que hoje completa 500 anos, merece uma melhoria na sua infra-estrutura, assim como os de Santos e São Sebastião, em São Paulo, e o de Sepetiba, no Rio de Janeiro.
Investimentos nesses portos, segundo o ministro, "poderão dar sustentação ao crescimento constante das exportações, visando a meta de US$ 100 bilhões ainda no governo Lula".
Sobre as negociações para a criação da Alca, Furlan disse esperar uma evolução positiva a partir da reunião de setembro do ano passado, em Miami (EUA), e que outra prioridade é a negociação com a União Européia. "Nós faremos cinco reuniões durante este ano e a expectativa é a de que em outubro já tenhamos um esboço do acordo Mercosul-UE, que poderá beneficiar fortemente as exportações brasileiras", comentou.
O ministro afirmou ainda que a geração de empregos, prioridade do governo federal para este ano, "tem muito a ver com o mercado interno também, não só com exportação, medidas pontuais na área de política industrial, desoneração de bens de capital, programa de financiamento para setores específicos". Ele citou entre estes o Modecarga e linhas de financiamento para a compra de máquinas e equipamentos e também "um programa que vise aumentar os investimentos na área de habitação e saneamento, porque estas são áreas que geram um grande número de empregos e de forma horizontal em todo o país".